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Respeito

877. Da necessidade que o homem tem de viver em sociedade, nascem-lhe obrigações especiais? “Certo e a primeira de todas é a de respeitar os direitos de seus semelhantes. Aquele que respeitar esses direitos procederá sempre com justiça". KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução Guillon Ribeiro. 93. ed. Brasília: FEB Editora, 2013.

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Valorizar o Respeito ao semelhante

É sabido por todos nós, que precisamos respeitar os direitos dos nossos semelhantes, assim como gostamos de ter o respeito dos outros em relação aos nossos, porque, o respeito ao direito dos nossos semelhantes independe de nossas convicções pessoais ou coletivas.

O Dicionário da língua portuguesa define a palavra respeito como: substantivo masculino – Sentimento que nos impede de fazer ou dizer coisas desagradáveis a alguém; apreço, consideração; deferência, etc.

O respeito é o começo do trabalho de desenvolvimento de um sentimento de grande importância para alcançarmos a meta maior de “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”, conforme Jesus nos sintetizou as Soberanas Leis Divinas, para que as compreendêssemos e praticássemos.

Allan Kardec, na questão 877, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, pergunta aos Imortais:

  1. Da necessidade que o homem tem de viver em sociedade, nascem-lhe obrigações especiais?

“Certo e a primeira de todas é a de respeitar os direitos de seus semelhantes. Aquele que respeitar esses direitos procederá sempre com justiça. Em o vosso mundo, porque a maioria dos homens não pratica a lei de justiça, cada um usa de represálias. Essa a causa da perturbação e da confusão em que vivem as sociedades humanas. A vida social outorga direitos e impões deveres recíprocos.”

O respeito é um direito básico de todo indivíduo, e dessa forma, todos deveriam merecer a consideração respeitosa dos demais, pois, qualquer um de nós sofre dos mesmos anseios e necessidades, porque trazemos no imo do nosso Ser a essência espiritual que nos direciona para a felicidade e pureza que é a nossa finalidade.

Para tanto, os Espíritos Superiores nos esclarecem sobre a necessidade de nos educarmos, para que compreendamos e tomemos consciência das consequências dos nossos pensamentos, palavras e atos, evitando as atitudes impulsivas, agressivas, intolerantes, negligentes, insensíveis, desrespeitosas, destrutivas etc., disciplinando e enobrecendo nossas emoções, investindo no aprimoramento do bom senso e do respeito em nossos relacionamentos.

Quem desejar encontrar a paz, precisa saber que é fator imprescindível saber respeitar à privacidade e a individualidade dos demais, mesmo daqueles pelos quais não sentimos afinidade, porque embora não pensem como nós, merecem da mesma forma o respeito que exigimos deles, isto porque, ninguém esta obrigado a pensar como pensamos. Mesmo porque, todo indivíduo é dotado de livre-arbítrio, o que lhe permite fazer as escolhas que desejar.

Allan Kardec, nas questões 839 e 841, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, pergunta aos Imortais:

 839.Será repreensível aquele que escandalize com a sua crença um outro que não pensa como ele?

“Isso é faltar com a caridade e atentar contra a liberdade de pensamento.”

  1. Para respeitar a liberdade de consciência, dever-se-á deixar que se propaguem doutrinas perniciosas, ou poder-se-á, sem atentar contra aquela liberdade, procurar trazer ao caminho da verdade os que se transviaram obedecendo a falsos princípios?

“Certamente que podeis e até deveis; mas, ensinai, a exemplo de Jesus, servindo-vos da brandura e da persuasão e não da força, o que seria pior do que a crença daquele a quem desejaríeis convencer. Se alguma coisa se pode impor, é o bem e a fraternidade. Mas não cremos que o melhor meio de fazê-los admitidos seja obrar com violência. A convicção não se impõe.”

Até mesmo nas suas escolhas por seguir a Jesus dessa ou daquela forma, não temos o direito de tentar converter as pessoas a seguir nossa filosofia religiosa, muito menos nos utilizando da força, da imposição ou da nossa posição social.

ANDRÉ LUIZ no Livro Conduta Espírita. Federação Espírita Brasileira, 1998, 21. ed. Rio de Janeiro – Cap. 20, nos diz:

Respeitar as ideias e as pessoas de todos os nossos irmãos, sejam eles nossos vizinhos ou não, estejam presentes ou ausentes, sem nunca descer ao charco da leviandade que gera a maledicência.

Quem reprova alguém conosco, decerto que nos reprova perante alguém.

Francisco Rebouças

Fonte: https://agendaespiritabrasil.com.br/2018/10/27/valorizar-o-respeito-ao-semelhante/

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