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O Pequeno Príncipe

Uma garota acaba de se mudar com a mãe, uma controladora obsessiva que deseja definir antecipadamente todos os passos da filha para que ela seja aprovada em uma escola conceituada. Entretanto, um acidente provocado por seu vizinho faz com que a hélice de um avião abra um enorme buraco em sua casa.

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Sinopse

Provavelmente todos os leitores que conhecem e amam a história do Pequeno Príncipe ouviram falar sobre esse filme. Uma adaptação que prometia ser linda, inovadora e que iria encantar os espectadores – desde os pequenos até os adultos. Uma história que mistura os desenhos de Antoine de Saint-Exupéry e as inovadoras técnicas atuais de animação. Mas será que é tudo isso mesmo?

Com um trailer super bem feito, comentários positivos e críticas que incentivavam qualquer um a correr para o cinema, a minha expectativa estava nas alturas. Eu estava muito ansiosa pra conferir essa adaptação. Qual foi o resultado? EU AMEI. Cada detalhe, cada pedaço da história, tanto a original quando a que foi incluída para o filme. O resultado dessa mistura, que poderia não agradar tanto aos leitores fãs do Pequeno Príncipe, foi tão bem colocada dentro dos nossos dias atuais que eu acredito que ninguém saiu do cinema decepcionado. Falo por mim, ok? Por mim e pelas minhas lágrimas, aliás.

A história do Pequeno Príncipe vocês já conhecem, certo? Vou presumir que sim, mas se você veio de outro planeta (talvez do asteróide B612? *-* ) leia a minha resenha sobre o livro clicando aqui. No filme, a história original foi explorada na sua totalidade, mas o diferencial é a outra história construída ao redor dela. Tudo gira em torno de uma menina que está se mudando com a mãe para uma cidade, que posso chamar de cinza, quadrada, sem graça e sem vida. O mundo agora é esse: somente se pensa em trabalhar, conseguir subir na carreira e nos estudos e ter um plano de vida completo, calculado e sem espaço para diversões. A menina tem um, criado pela sua mãe (que mal para em casa, por falar nisso). Nele, ela precisa estudar, ter horários fixos e rígidos para atividades e não se dispersar do que precisa fazer. O objetivo: conseguir entrar para a escola mais conceituada da cidade.

Tudo ia conforme o cronograma da mãe, até que uma hélice de helicóptero quebra uma parede da casa da menina. Curiosa, ela vai investigar, já que está (sempre) sozinha em casa e precisa resolver todos os problemas como uma adulta (que ainda não é). O culpado é seu vizinho, dono da única casa que parece ter cor na região. É um velho maluco, curioso e que vai apresentar à menina uma história de outro planeta, literalmente. O velho e aviador só precisava de alguém pra contar a sua história antes que fosse tarde demais. E a menina precisava de alguém que a tratasse como a criança que ela é, com todo o direito de correr, brincar, gargalhar e… ser criança. Esses dois amigos improváveis vão conhecer o mundo, as alegrias e se meter em muitas confusões.

É engraçado como esse filme se parece com o mundo atual, ou, pelo menos, com o que parecemos estar nos tornando. Crianças com mil responsabilidades, pais que não param em casa, vizinhos alegres que são tachados de estranhos, pessoas que não se cumprimentam, individualismo, falta de humor. Pode ser um pouco exagerado, sim, mas se pensarmos pra pensar, isso não está muito longe de algumas realidades. Onde está o senso de humor, a piada, a brincadeira inocente? Onde se escondeu a liberdade, onde guardaram as risadas? Em muitos mundos, dentro de muitas pessoas, os sentimentos já são quase como as construções dessa cidade: quadradas, cinzas e sem vida. Mas a mensagem que o filme traz é que sempre há uma criança escondida dentro de cada um de nós, e é possível resgatá-la! “O problema não é crescer, é esquecer”.

Além da história, as imagens enchem os olhos. As cenas são misturadas entre as ilustrações do cinema e as aquarelas do autor, colocadas no filme como animações em excelente qualidade. Nós somos transportados para dentro da história, para o asteróide B612, para a cidade quadrada e sem vida, para dentro da infância da menina e da velhice solitária mas cheia de vida do aviador. O filme é encantador, mágico, cheio de mensagens extraordinárias para os adultos e as crianças, e vai agradar a família toda. Recomendo muitíssimo, tanto para aqueles que já conhecem a história quanto para os que querem conhecer algo novo. Vocês vão se encantar. *-*

Fonte: https://livrosefolhas.com.br/resenha-do-filme-o-pequeno-principe/

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